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De Alan Turing ao ChatGPT: como a IA saiu do papel e entrou no nosso cotidiano

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Antes de virar pauta em reuniões e ferramenta de trabalho, a Inteligência Artificial foi apenas uma ideia, um experimento teórico sobre se uma máquina poderia “pensar” como um humano. Em 1950, Alan Turing propôs o Teste de Turing, um marco que colocou a questão em termos práticos: se uma pessoa conversasse com uma máquina sem perceber que era uma máquina, isso significaria que ela pensa?

Seis anos depois, o termo “Inteligência Artificial” foi usado pela primeira vez em uma conferência no Dartmouth College, nos Estados Unidos. A partir dali, a IA deixou de ser ficção e virou um campo de estudo científico.

Entre as décadas de 1960 e 1980, o entusiasmo era grande. Laboratórios investiam em sistemas especialistas, capazes de tomar decisões baseadas em regras fixas. Era o início da tentativa de reproduzir o raciocínio humano em código. Mas a limitação de poder computacional e de dados manteve o avanço em ritmo lento.

O salto veio nos anos 1990, quando o Deep Blue, supercomputador da IBM, derrotou o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov. Pela primeira vez, uma máquina superava um humano em um domínio considerado intelectual. O simbolismo foi tão grande que a Science descreveu o evento como o início da “era das máquinas que aprendem”.

Nos anos 2000, a expansão da internet trouxe um ingrediente essencial: dados. Quanto mais dados, mais possibilidades de aprendizado. A IA deixou de depender apenas de regras e passou a aprender com exemplos, um movimento que deu origem ao Machine Learning.

Por volta de 2010, o avanço dos modelos de aprendizado profundo (Deep Learning) permitiu o reconhecimento de imagens, voz e até diagnósticos médicos com precisão crescente. A tecnologia, antes restrita a centros de pesquisa, começou a aparecer no dia a dia, nas recomendações de músicas, nas buscas online e nas câmeras dos celulares.

A virada cultural veio depois de 2020. Com a chegada de modelos generativos como GPT, DALL·E e ChatGPT, a IA deixou de apenas analisar o mundo e passou a criar: textos, imagens, roteiros, músicas, códigos. Essa mudança alterou a forma como produzimos conhecimento, aprendemos e trabalhamos.

Hoje, a Inteligência Artificial não está apenas nas mãos de cientistas ou engenheiros. Está em qualquer lugar onde há decisão, criatividade ou curiosidade. E, ainda que se fale nela todos os dias, é provável que estejamos apenas no início.

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