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Caminho do empreendedorismo


O meu caminho para o empreendedorismo não foi uma reta, várias curvas me trouxeram para essa decisão. Atualmente na escola de líderes aprendi sobre gerações e percebi que apesar de eu ter 25 anos a geração que mais me identifico são os Baby Boomers, que vestem a camisa da companhia e trabalham a vida toda em uma organização, gostam de planejamento e estabilidade. Assim eu fiz, trabalhei desde os 17 anos na mesma empresa, imaginem a dificuldade ao pensar em sair. Em uma época de crise uma engenheira recém-formada contratada como coordenadora de projetos querendo pedir demissão? Mas que loucura!

Como essa ideia me pareceu muito atrevida resolvi sair da minha zona de conforto aos poucos, comecei a dar cursos de softwares BIM aos sábados e aceitei alguns convites para palestras também sobre BIM. Fui me encontrando e decidi que se fosse abrir uma empresa seria de BIM (Building Information Modeling), novo processo de concepção, documentação e gestão de edificações. Várias conversas diárias se seguiram depois desse insight com o Bruno meu marido e sócio, talvez se não fosse por ele ainda estaríamos nessa etapa. Um dia o Bruno me disse que o amigo dele ia para os Estados Unidos e que poderia trazer o óculos de realidade virtual que tanto conversávamos, que frio na barriga, um ano de dinheiro guardado mais alguns meses de aperto para comprar o Oculus Rift que TALVEZ nos trouxesse alguns clientes? Essa foi a primeira vez que eu trabalhei junto com o Bruno e não freando as ideias dele, e foi aí que a Chacon Engenharia começou, ele teve a visão inovadora, a certeza de que o risco valeria à pena e eu fiz todos os arranjos financeiros para que aquela compra fosse possível.

O dia mais difícil de todos até hoje nesse trajeto foi um dia antes de pedir demissão, o medo, a incerteza quase me consumiram, mas consegui! Hoje com a empresa em funcionamento estudo além de BIM, gestão financeira, contabilidade, vendas e tantos outros assuntos que não eram comuns no meu dia-a-dia, um desafio muito maior do que eu imaginei, mas também muito gratificante, a liberdade de saber que meu sucesso depende apenas do meu esforço e do meu trabalho é maravilhosa.

Ainda existem dentro de mim o medo do risco (em menores proporções), a necessidade de organização e planejamento, mas quando chega a hora que o Bruno quer arriscar mais alto de novo eu uso tudo isso a favor da ideia dele e faço planos A,B,C,D e tento minimizar os riscos ao máximo se o que ele imagina não se realize. A melhor parte de tudo isso é ir na obra e ver nossos clientes usando nosso modelo e ver que realmente os processos foram melhorados e otimizados, essa é a real realização do sonho.


Cecilia Nogueira

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